terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Ze

O Ze foi a minha paixao de infancia. De repente esta semana 2 pessoas cairam aos trambolhões na minha mente demente. O Ze era amigo do meu primo. Aquele bom vivan, playboy assumido. Também parece que são estes que sempre me atrairam. Eu não descansei enquanto não o conheci melhor. Anos passaram até que isso acontecesse. Foi preciso casar-me, separar-me, ter o CB, acabar com o CB. Até que num verão, ainda doida da cabeça por tudo o que me tinha acontecido com o CB, lá estava ele. Disponivel para mim. E meio atabalhoadamente, como se fossemos dois adolescentes com o cio embrulhamo-nos, sem olharmos bem para as consequencias dos nossos actos. Naquela noite, quando cada um foi para seu lado estavamos como se não pertencessemos aos nossos corpos. No dia seguinte foi como se nada se tivesse passado entre nós. Como se tivesse sido a puta da loucura que passou na nossa cabeça. Cada um devia ter os seus proprios fantasmas mas nem falámos nisso. O que se passou entre nós não foi suficiente para acabar com os fantasmas. Mais uns meses passaram até nos voltarmos a encontrar. Desta vez mais cientes do que estavamos a fazer, mas ainda assim meio loucos, e ainda com os fantasmas do passado a pairar nas nossas cabeças. Mais uma vez, o dia seguinte veio demonstrar que não estavamos preparados um para o outro. Quando estariamos? Não faço ideia. Eu gostava dele, gostava do que me fazia sentir. E ele. Ele eu sei que também gostava de mim. Mas eramos parvos. Eu considero que eramos uns idiotas de uns adolescentes. Atenção que adolescentes de cabeça pois de aninhos já tinhamos ambos idades para ter juizo. Não deu em nada. E a estupidez é que ambos sabiamos que tinhamos tudo para dar certo. Não é uma situação idiota esta? Se calhar teria sido a unica pessoa capaz de matar o fantasma de uma vez por todas.

As vezes nos meus devaneios penso que ele está a minha espera. Á espera que um dia eu me separe do JP e caia de uma vez por todas nos braços dele, já livres de fantasmas. Os olhos dele quando o encontrava em situações inesperadas tal e qual o destino diziam-me isso. E eu acreditava. Quando mudei de telemovel informei-o tal como informei diversas outras pessoas. Ele foi o unico que respondeu: Registado ;) xx

Sorri e mais uma vez lá vieram os meus devaneios. Ele gosta de mim, ele espera por mim. Que parva meu Deus. As vezes tenho medo que Deus me castigue por estes pensamentos quando tenho uma vida tão boa com uma pessoa que me ama e com 2 filhos maravilhosos.

Esta semana nem sei bem porquê, resolvi ir ao perfil dele no facebook. Os meus olhos recaem sobre um comentário de um amigo e de uma amiga a darem-lhe os parabéns porquê? Por ter sido pai imagine-se. Nem queria acreditar. Mentalmente fiz contas para ver se quando o encontrei ele já sabia que ia ser pai e não me disse nada. E não havia duvidas que quando me mandou a mensagem ele já era pai. Meu Deus. Ou eu quero ver coisas que não existem e isto não passa mesmo de devaneios da mais absoluta loucura da minha cabeça ou então não sei.

Assim de repente aquele meu porto seguro que na minha cabeça estava a minha espera se algo corresse mal na minha vida, já não estava lá e se calhar nunca esteve.

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