segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CB: Queres vir dormir cá a casa?
PP: Sim. A que horas?
CB: Já

A PP vestiu-se a correr, enfiou a pasta de dentes na mala e seguiu para casa do CB. Era assim quase todas as noites. Á espera que o telemovel soasse com a SMS. Quando a PP chegava, ele esperava-a na cama. Atirava-se para cima dele e beijava-o, sentia-o. O  toque da pele dele era inesquecivel. Por vezes ficavam ali enrolados só a fazer carinhos, outras vezes partiam para a acção. E que acção. Por varias vezes ela recorda-se dessas noites, ainda hoje, mesmo ao fazer amor com o seu marido. Excita-a pensar nele, no toque dele, nas maravilhas que ele fazia. Sem saber porquê. O seu marido consegue ser 100 vezes melhor que o CB na cama. Verdade. Consegue. Desdobra-se em atenção até ela chegar ao ponto. Mas ela não consegue evitar de se excitar ao pensar no outro.

Coisas curiosas do nosso cérebro não é? Gostava que um dia me explicassem porque é que isto acontece.

Se calhar diziam que isso era porque a PP ainda estava apaixonada pelo CB. Se calhar está, mas a vida é mesmo assim. E se está, vai continuar a estar até ao fim dos seus dias e terá  de lidar com esse sentimento. Como alguém que ama alguém que morreu, vai sempre amar. E podemos gostar e apaixonarmo-nos por outra pessoa mas... o falecido continua e perdura na nossa cabeça. Para sempre... acho que é isso que a PP sente.

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